Arpoador
segunda-feira, maio 02, 2016Ela vive perdida,
num desconexo contexto
de liberdade e ilusão.
Quando se cansa da vida,
se joga na brisa,
vai embora,
some,
não se faz prisão.
Quando tudo fica cinza...
entre a alma e razão,
ela pira,
sente medo.
Montanha russa bem-vinda.
E por ser assim "a flor da pele",
querem por seus pés no chão.
Cortar as asas,
dessa borboleta avoada.
Sem ser como é,
sem fazer o que gosta,
sem ver o pôr do sol,
ou ouvir rock n roll...
Certa vez lhe ensinaram,
que o coração
é como um cavalo
um cavalo de uma carruagem bem desenfreada.
E a razão,
o cocheiro, que a conduz.
— Aonde foi seu cocheiro?
Acho que ela nunca o teve.
Sorrisos,
arrependimentos,
aprendizados.
Papel,
lápis e lágrimas.
Por que é tão difícil frear as palavras?
Mil sonhos na cabeça.
Um colo pra deitar.
Feliz ela é, assim.
Nesse mundo vazio,
se encheu de novo,
quando o amor chegou.
Aos poucos se conquistando.
Sem precisar provar nada a ninguém.
Até não sentir mais dor.
Por os pés na areia branca,
sentar no Arpoador.
Sem sentir saudade.
Se sentir em casa.
Se sentiu amada.
M.L.V.
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