A Rosa do Deserto
terça-feira, junho 14, 2016Num deserto longínquo,
vivia um cigano errante.
Sem casa, sem paradeiro,
sem esposa,
sem amante.
Alejandro era o seu nome.
Apenas uma viola,
umas moedas e um cavalo xucro.
Cantarolava por lugares,
tentando arrumar um troco.
Era bonito e irreverente.
Ele não tinha nada de burro.
Adorava aquela vida,
Adorava aquela vida,
aquele clima de partida,
Mas falta de algo ele sentia.
Tantas mulheres conhecia,
Tantas mulheres conhecia,
mas no fundo, nuca amara.
Eis que um dia,
numa de suas idas,
encontrara Maria.
Uma bela arlequina.
Uma bela arlequina.
Mas que ironia!
Casa ela também não tinha.
Vida errante de circo era a vida de Maria.
Maria conheceu Alejandro.
Maria conheceu Alejandro.
Conheceu o amor.
Conheceu a dor
e a saudade de um dia de quem tem que partir.
Pois com o circo ela deveria ir.
Belas noites de luar eles passaram.
Pois com o circo ela deveria ir.
Belas noites de luar eles passaram.
E o dia do fim chegou.
Alejandro partiria,
E faria novos shows.
Maria então não sabia.
Alejandro partiria,
E faria novos shows.
Maria então não sabia.
Qual dos amores ela seguiria.
Mas Alejandro a salvou.
A ela deu uma rosa e
junto, seu coração cigano.
Viveriam uma vida nova,
Viveriam uma vida nova,
sem rumo, sem planos.
Com arte,
amor,
calor
e sonhos.
MLV
MLV
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